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   Cineasta e montador brasileiro, Diego mora em São Paulo.

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OUVIR ÀTERRA






Ouvir Àterra | 8’

Video para a exposição ‘Ouvir Àterra’ do artista Gustavo Caboco.

Coordenação: Millan
Produção: ¡Para Vigo Me Voy!
Realização: Diego Quinderé de Carvalho e Lourenço Parente

  “Abrir o corpo para a escuta como o gesto que nos firma sobre o chão. Dedicar atenção como modo de produzir raiz, como forma de relação com a matéria viva que é o solo. Ser capaz de discernir o que a terra diz, compreender a sua voz”

Vivendo na ponte entre Paraná e Roraima, Gustavo Caboco, multiartista do povo Wapichana, usa o desenho, a pintura, os têxteis, a animação, a performance e a palavra para refletir sobre os deslocamentos dos corpos indígenas e as retomadas de memória e ainda para realizar uma pesquisa autônoma em acervos museológicos a fim de contribuir na luta dos povos indígenas. Um recorte de 20 obras dessa produção será exibido em ouvir àterra, exposição que estreia em 20 de agosto na Millan.


Em diversas obras o artista traz a representação de bananeiras, um elemento que usa para aludir à força e à autonomia. “Plantar uma bananeira é um ato de territorialização da memória, é um curso de ação para se conectar a uma paisagem específica Wapichana e se conectar com a memória de nossos avós, como Casimiro, um dos importantes líderes Wapichana da nossa história da Serra da Lua, que lutou pela autonomia Wapichana plantando bananeiras”, ele explica.


Em ouvir àterra, Gustavo assume também a função de curador, apresentando sua obra em seus próprios termos, e usando diferentes linguagens artísticas como forma de compreender e expressar a questão da identidade indígena e da preservação da memória, não apenas como uma lembrança, mas como uma prática.